ESTAR SOZINHO

Gostei muito das colocações de todos vocês sobre a pergunta dos muros da favela.

São apartes brilhantes e que falam justamente do que nos é necessário que é uma boa educação. Isso sim é a solução.

Agora vamos mudar um pouco de assunto.

Recebi reclamações de que meus textos são muito sérios. Que injustiça, afinal, no final do texto da traição, coloquei um vídeo que trata do assunto de forma tão criativa e engraçada.

Estou reflexiva mesmo e faz tempo. Estou numa fase de grande mudança e me adaptando a elas. Sendo assim, os textos acompanharão esse momento mais profundo.

Estou tendo a experiência de novos movimentos e devo respeitá-los, alem de ter sido sempre uma pessoa que se dedicou a não ficar na superficialidade.

Se esperam, que eu vá ficar contando o meu dia a dia com fotos de quem encontro pelo caminho, vai ser difícil eu satisfazer vontades. Não sou assim. E nem critico quem seja. Acho um talento contar o dia a dia de forma interessante. Eu apenas não consigo.

Claro que quando vou a algum lugar que me comove com qualquer detalhe, estarei falando sobre isso, como fiz com diversos filmes, algumas peças de teatro e shows que comentei aqui. Mas sempre terão uma forte ligação com algo que eu tenha vivido e que naquele momento me tocou. Assim faço também com alguns lugares pelo mundo que visitei nos últimos tempos e mostrei para vocês.

Antes que surjam dúvidas, sobre os textos que venho escrevendo, não necessariamente estou vivendo aquilo, mas de certo, em alguma hora eu vivi e quando vejo algo que me remete aquela experiência, decido fazer a ponte.

Então não pensem que fui traída recentemente. Já traí e já fui traída algumas vezes na vida, mas não aconteceu agora. Antes que vocês comecem a escrever de volta para que eu pare de chorar e que a vida vai ser melhor etc., não estou vivendo esse amargor agora e tão pouco estou chorando ou sofrendo.

Embora eu seja do tipo que se arrependeu muito de ter traído, o que é raro, computo a esses “desvios”, minha pouca idade na época e por conseqüência a minha pouca visão da dimensão do ato. Tenho certeza que isso não mais faz parte do que construí para mim.

Levo mesmo a sério essa conversa de causa e efeito.

“A maturidade começa a se manifestar quando sentimos que nossa preocupação com os outros é maior que por nós mesmos”. (Albert Einstein)

E quanto a ter sido traída, já provei diversas formas dessa aleivosia, mas nenhuma delas foi tão impactante quanto ter sido traída, por uma grande amiga (pelo menos eu a considerava), dentro da minha própria casa. E é justamente isso que a peça traição trata e por isso foi tão marcante.

No post de hoje, estou falando sobre estar sozinha e como essa escolha pode ser tão rica.

Antigamente a cada relação terminada eu já tinha na mira outra que se encaixava rapidamente. Com o passar dos anos e a maturidade, essa necessidade mudou de foco.

Os momentos que escolho ficar sozinha, são de grande valia para preparação dos momentos em que escolho estar com alguém, dividindo, de fato, algo que seja relevante. Porque se assim não o for, não valerá à pena.

Podem ter certeza de que é opcional e muito bem arquitetado.

Uma boa semana para todos.

 

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